domingo, 28 de setembro de 2014

Pesquisa avalia sinalização


Se os problemas de mobilidade urbana da cidade de São Paulo já se tornaram assunto corriqueiro na mídia e em conversas entre os paulistanos, é surpreendente saber que a capital não é a campeã dos problemas de mobilidade. Em um levantamento feito entre 13 capitais brasileiras que avaliou como está a sinalização para os pedestres, ciclistas e usuários de transporte público, São Paulo ficou em quinto lugar no ranking e obteve média 3,8, em uma escala de 0 a 10.
As 13 capitais brasileiras mostraram-se deficientes nesse tipo de infraestrutura. O levantamento foi realizado pelo portal Mobilize Brasil, especializado no assunto mobilidade urbana sustentável, entre os meses de junho e julho deste ano. A capital paulista recebeu um total de 48 avaliações realizadas por voluntários que participaram de uma campanha chamada Sinalize!
Houve avaliações positivas em determinados quesitos. São Paulo mostrou alguns pontos com excelente sinalização, como as constatadas nas estações do metrô. Quanto à sinalização nas ruas, a cidade obteve uma boa média na avaliação de semáforos de pedestres e o trabalho constatou que há faixas de segurança em quase todas as esquinas mais movimentadas.
Entre as principais falhas, a capital paulista peca pela sinalização quase inexistente nos pontos de ônibus, e na orientação nas ruas sobre qual caminho pedestres e ciclistas devem seguir. Em geral, as placas existentes são quase todas dirigidas aos motoristas de automóveis, não há indicação adequada para pedestres ou ciclistas, o que contribui para o aumento da chance de acidentes.
 A pesquisa apurou também que algumas mudanças aconteceram graças à Copa do Mundo porque a prefeitura implantou placas e tótens com mapas de localização voltados aos pedestres. Essa intervenção, porém, acabou limitando-se à área central de São Paulo e às áreas próximas aos pontos de passagem de turistas e torcedores.
A capital com melhor posição no ranking foi Curitiba (PR), que recebeu nota 5,4, seguida pela cidade do Rio de Janeiro, com média 4,6. A pior avaliação ficou com Manaus (AM) que fechou com média negativa de 0,7.
“O objetivo desse primeiro levantamento é chamar a atenção das autoridades e da opinião pública para a precariedade da sinalização voltada a quem não anda de automóvel. No Brasil, os passageiros chegam aos pontos de ônibus e não encontram nada que indique quais linhas de ônibus passam ali, a que hora passam e quais são seus itinerários. E também não há sinalização para ajudar os pedestres a encontrar os melhores caminhos ou para indicar os principais pontos de referência da região. Assim, quando podem, as pessoas preferem sair de carro, aumentando os congestionamentos urbanos”, explica Eduardo Dias, coordenador da campanha Sinalize!
O levantamento foi baseado em 372 avaliações, sendo 123 de ciclistas, 128 de pedestres e 121 de usuários do transporte coletivo. Foi realizado em 25 cidades, mas destacou as 13 capitais que fizeram parte da pesquisa

Fonte Transporte Midia

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