terça-feira, 5 de abril de 2016

Pesquisa de instituto traça perfil do motorista de caminhão



Maioria dos motoristas de caminhão trabalha em média até 10 horas por dia, está na faixa dos 36 anos e utiliza estimulantes quando pegam a estrada
Pesquisa do Instituto Julio Simões, braço social do Programa Pela Vida, mostrou que a maioria dos motoristas de caminhão trabalha em média até 10 horas por dia, está na faixa dos 36 anos e, alguns ainda utilizam estimulantes quando pegam a estrada. O levantamento é parte das ações do programa, que oferece orientações de saúde, orçamento doméstico e segurança nas rodovias e atendeu no ano passado 14.238 motoristas. A gerente de comunicação da JSL e do Instituto Julio Simões, Luciana Alves, explica que num primeiro momento o levantamento tem como meta traçar o perfil do profissional das estradas e quais as transformações que ele vem passando ao longo dos últimos anos.
A maior parte dos profissionais começa a carreira em torno dos 36 anos de idade, faixa etária que abrange mais da metade dos entrevistados, de acordo com a pesquisa. Outro dado é o crescimento da participação no mercado daqueles profissionais que já poderiam se aposentar e continuam nas estradas. Tanto que nos últimos três anos a porcentagem de motoristas com mais de 55 anos triplicou e já representa quase 10% do mercado.
A pesquisa detectou também que grande parte dos profissionais atuam há mais de cinco anos no mercado (87%), detêm vinculo empregatício (74%) e curso de direção defensiva (77%). “Atualmente, há uma preocupação das empresas e dos próprios motoristas em fortalecer a profissão. Percebemos que junto com o amadurecimento profissional houve uma transformação do setor. A imagem do caminhoneiro bronco caiu em desuso. Ganharam espaço os profissionais liberais, organizados em pequenas empresas ou cooperativas, que investem em veículos modernos, estão cercados de tecnologia e que utilizam aplicativo para fechar contratos. E nos próximos anos, a efetivação dessa mudança tecnológica será a grande transformação do setor”, diz Adriano Thiele, diretor executivo de operações da JSL.
O levantamento revelou também que grande parte dos entrevistados assumiu que consomem, ou já consumiram, bebidas alcoólicas (47%) com alguma frequência,  estimulantes, os chamados rebites (20%) e já experimentaram drogas ilícitas, como cocaína, maconha ou LSD (20%). Além disso, 71% dos profissionais dizem não praticar nenhum tipo de atividade física.  “A implantação da lei do caminhoneiro, aliada ao aumento de fiscalização pelas próprias empresas, tende a contribuir para um aumento na qualidade de vida do próprio profissional e para, cada vez mais, a valorização dele no mercado”, reforça Thiele.

FONTE O CARRETEIRO


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