sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Scania lançará leasing operacional para modelos rodoviários

Incentivar negócios com usados será outra estratégia da marca para 2016
Prevendo que 2016 será mais um ano de dificuldades para o mercado de caminhões, o Scania Banco vai oferecer aos clientes de veículos para aplicação rodoviária a opção do leasing operacional com inclusão de seguro e plano de manutenção para contratos de 3 a 4 anos.
A novidade já tinha sido apresentada em setembro pela MAN Latin América para seu modelo extrapesado TGX. (LEIA MAIS AQUI) Embora mantenham operações independentes, tanto a Scania quanto a MAN pertencem ao Grupo Volkswagen com sede na Alemanha.
revista-carga-pesada-edicao-181-Scania-apresenta--serie-especial-Griffin-EditionO leasing operacional é um aluguel ou arrendamento por um período pré-determinado ao final do qual o veículo retorna para a montadora. Além das parcelas do arrendamento, o contrato precisa obrigatoriamente incluir seguro e plano de manutenção.
“É uma opção que atende principalmente as grandes empresas que focam em rentabilidade e não em lucro patrimonial, ou seja, que não fazem questão de serem donas dos caminhões. Vemos grande potencial, por exemplo, nas empresas do segmento de químicos”, explica o diretor comercial Victor Carvalho.
Recentemente, em entrevista exclusiva à Revista Carga Pesada, o empresário Roberto Mira Júnior disse que a Mira Transportes está considerando esta linha crédito para renovação da frota em 2016.  (LEIA MAIS AQUI)
Uma das vantagens para as empresas é o ganho fiscal já que as parcelas podem ser deduzidas como despesas no Imposto de Renda. O custo mensal do leasing deve ficar bem próximo ao do Finame, agora pós fixado e atrelado à TJLP. Mas, considerando que o leasing só se viabiliza com o plano de manutenção, o empresário torna este que é um custo variável em custo fixo nas parcelas mensais.
MERCADO – “Estamos mais fortalecidos e preparados para entrar em 2016. Nossa participação de mercado em 2015 que em média foi 12,5%, nestes últimos meses atingiu 14,5%”, disse o diretor geral da montadora Mathias Carlbaum prevendo mais um ano de queda nas vendas. Sua estimativa para o segmento de pesados, que deverá fechar 2015 com 41 mil unidades, é que no ano que vem este total não passe de 35 a 36 mil, uma queda de 10 a 15%.
Revista Carga Pesada Mathias Carlbaum
Mathias Carlbaum: “estamos melhor preparados para 2016”
“As vendas serão mais baixas, mas vemos um movimento de estabilização já que a demanda exigirá que o transporte de cargas continue a abastecer este continente”, previu. Na sua visão, a indústria não pode mais se sustentar em taxas baixas de juros, como vinha acontecendo nos últimos anos: “vamos viver com a realidade da economia”.
Durante 2015, o segmento de pesados registrou uma queda de 55% em média nas vendas – percentual que se elevou para 67% neste último mês de novembro. Este cenário obrigou a Scania a fazer um investimento de R$ 100 milhões e assumir a rede de concessionários em Santa Catarina. O Grupo Batistella que antes representava a marca nos dois estados, passa agora a administrar apenas as concessionárias de parte do Paraná.
Neste período a Scania inverteu seus percentuais de produção: em 2014, 70% do que era produzido ia para o consumo interno e 30% para exportação; este ano 60% foi para fora do País, principalmente para novos mercados como o Irã: “a indústria brasileira é de vanguarda, tem capacidade para atender a qualquer demanda de exportação”, destacou Carlbaum.
Internamente, a rede vai procurar estar mais próxima dos pequenos clientes, o chamado varejo, oferecendo produtos e pacotes de manutenção mais competitivos.  No caso dos grandes clientes, a montadora vai reforçar a tese de que o empresário precisa ter foco no transporte e logística e deixar a manutenção dos caminhões com a rede de concessionários.
Outro ramo que será fortalecido é o comércio de usados que, estima-se, seja pelo menos três vezes maior que o de veículos novos. “Enquanto as taxas que vinham sendo praticadas pelo Finame chegaram a 2,5% ao ano para veículos novos, no negócio de usados este custo variava de 15 a 21%, diferença que desestimulava as vendas. Agora, com o Finame atrelado a TJLP, as condições estão mais equalizadas. Além disso, nossos clientes precisam deste suporte para alavancar renovação da frota”, avaliou Carvalho.
A Scania já tem duas concessionárias com lojas destinadas exclusivamente à venda de seminovos: a Codema com uma unidade em Guarulhos (SP) e outra em Pouso Alegre (MG), e a Suvesa que representa a marca no Rio Grande do Sul. Em toda rede, cerca de 800 veículos usados foram comercializados ao longo deste ano.

FONTE CARGA PESADA


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